A diabetes mellitus tipo 1 é uma doença metabólica que elimina as células beta pancreáticas, levando-as a uma deficiência de insulina, o que gera uma hiperglicemia (alto nível de açúcares no sangue) e, além disso, tal doença não possui cura, apenas tratamento. Por esse motivo, a procura de novas alternativas terapêuticas para o tratamento desse tipo de diabetes se tornou imprescindível, o que levou um grupo de pesquisadores brasileiros, após inúmeras pesquisas, descobrirem que o extrato das folhas do Nabo Forrageiro (Raphanus sativus) possuem propriedades farmacológicas, os quais amenizam os efeitos da doença.

(Figura 1: Nabo Forrageiro. https://www.gardensonline.com.au/gardenshed/plantfinder/show_2030.aspx)

Primeiramente, o teste foi feito em animais, que foram divididos em três grupos ( saudáveis, diabéticos tratados com extrato e diabéticos sem o extrato) e tratados com doses diárias do extrato das folhas por um período de 90 dias.  Após esse tempo, os animais do grupo saudável tratados com o extrato apresentaram um aumento seguro de peso e o outro grupo (com diabetes) reduziram consideravelmente o diagnóstico de hiperglicemia adicionado com uma regeneração sucinta das células beta do pâncreas, enquanto os ratos que não tiveram tratamento  a base do extrato vegetal apresentaram sintomas de diabetes e estresse oxidativo das células, as quais cresceram exponencialmente, marcando o caráter fitoterápico das folhas da planta.

(https://www.gardensonline.com.au/gardenshed/plantfinder/show_2030.aspx )
(É possível perceber através da análise do gráfico, que os ratos diabéticos tratados com o extrato da planta apresentaram uma melhora nos índices de glicose no sangue , comprovando os efeitos fitoterápicos levantados com relação a essa planta, esse teste foi realizado com os ratos em jejum.)
Além disso, um estudo realizado pelo Departamento de Tecnologia em Alimentos e Biotecnologia da Universidade Gachon, comprovou que o extrato da folha de nabo forrageiro pode ser usado como um anti-inflamatório, tendo assim  efeito em tratamentos e prevenções de doenças inflamatórias. Esse resultado é causado pela RS, a qual exibe efeitos anti inflamatórios em macrófagos estimulados por lipopolissacarídeos através da inativação do fator nuclear kappa B. Em síntese, observe-se que essa planta tem várias finalidades farmacológicas tanto em tratamentos hiperglicêmico quanto antioxidante.
Por fim, é interessante  ver que essa planta possui inúmeras formas de processamento com finalidades médicas, tratando, assim, doenças que antes possuíam uma única opção de tratamento, atuando como uma fonte alternativa e natural de tratamento. Além disso, esse extrato seria de extrema importância para o cenário fragilizado do Brasil, uma vez que 12,5 milhões de pessoas são diagnosticadas com algum tipo de diabetes, sendo 91% desses do tipo 1, portanto, com o aperfeiçoamento dessa técnica, combinada com exercícios físicos e uma boa e balanceada alimentação, as pessoas que apresentam esse quadro clínico poderão ter uma vida mais confortável e saudável. Contudo, essa técnica ainda não foi testada em humanos, apenas em ratos pois não havia certeza sobre os efeitos positivos nem se havia efeitos colaterais desconhecidos para o corpo,mas, agora, as pesquisas estão sendo focadas na implementação viável para o uso humano.

Referências:

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/issue/download/41/pdf_95&ved=2ahUKEwi0-uTJ98LhAhXGuVkKHSJqD9oQFjAEegQIBhAB&usg=AOvVaw0NY0JQLZIkSebaR6j9KMpI&cshid=1554810216504
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5383142/
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2018/poster-atlas-idf-2017.pdf

Ana Carolina Cerdeira Rocha
Membro do Centro Acadêmico de Bioquímica
carol3cerdeira@gmail.com